Olá pessoal! Mais uma quarta-feira passando e dessa vez estou aqui com um livro nacional! A resenha de hoje é sobre “O Espadachim de Carvão” do Affonso Solano, publicado pela editora Leya.
O livro conta a história de Adapak, um jovem de pele negra
como carvão e olhos inteiramente brancos, filho de um dos quatro deuses de
Kurgala. Ele vive com o pai em uma ilha sagrada até que, aos 19 anos, o lugar é
atacado por assassinos e Adapak se vê obrigado a fugir dali e enfrentar o mundo
que nunca conheceu.
Bom, por onde começar? O livro tem uma premissa muito
interessante, a capa é bonita e o título chama atenção, mas também é só isso.
A história ficou bem confusa por diversos fatores.
Primeiramente o autor criou algumas palavras – sim, só palavras, por que com
certeza ele não criou um língua inteira - para aquele mundo que ficam soltas
pelo livro e a gente tem que ficar adivinhando o que significa. Isso e as
espécies – que são muitas – que vivem lá. Quando alguma espécie aparece tá lá o
nome, mas eu não a mínima ideia do que imaginar, como ela é. O livro poderia
ter um glossário com as definições das espécies.
Outra coisa que me incomodou e que talvez seja a principal
foi que a escrita em si é confusa, parece – foquem no parece, não estou falando
que o autor fez isso, é só minha opinião – que não teve um planejamento do
livro, que tudo ali foi escrito logo que veio na cabeça. As lutas foram mal feitas e os personagens não foram bem trabalhados.
O terceiro fator que influenciou foram os flashbacks, os
capítulos do livro foram intercalados com presente e passado. Não sei vocês,
mas para mim o flashback já é bem chatinho quando com vários capítulos juntos
ou até em um só capítulo. E fazer isso intercalado quando a escrita já está
bagunçada só piora. Foi isso que refletiu para mim. A história não me prendeu e isso só serviu pra deixar tudo mais avulso.
Além de todas as coisas que eu já apresentei lá em cima
ainda tem a coleção de livros desconhecidos que são citados no início de cada
capítulo. Ok, talvez isso não seja algo realmente para criticar, mas de fato me
incomodou muito, deixa eu explicar melhor. Adapak é um leitor, e sua série de
livros preferida é “As Aventuras de Tamtul e Magano”, e algumas frases desses
livros sempre aparecem para abrir os capítulos. O problema é que eu não conheço
esses livros, não sei sobre o que cada um fala, pelo que eles passam, e as
frases ficam simplesmente jogadas por ai. Também tem algumas frases que vieram
de lugares diferentes, que eu realmente não sei explicar de onde, tem alguns
nomes, mas não faço ideia de quem são. Acho que o autor quis simplesmente abrir
os capítulos com frases “impactantes” e fez isso, o que realmente não é nenhum
crime, mas pra mim foi um esforço desnecessário, e fica bem clichê.
Tudo isso contribuiu para o livro ficar confuso e maçante, e
também vamos pensar – lembrando do que eu disse em VA - é o primeiro livro da
série/duologia (?) e é um universo completamente novo, cheio de coisas
diferentes- religião, criaturas... – é muito difícil explicar tudo isso.
Minha edição é econômica, o que pode ter contribuído para
minha aversão, mas com certeza não foi o fator dominante. Não queria versão econômica,
mas acabei comprando o box - que eu achei muito bonito - nem vi que era. Dei uma
estrela para o livro, por que sinceramente não gostei nada dele.
Essa resenha ficou um tanto quanto negativa, não? Ai, vou
acabar ficando com fama... Bom, já li o segundo livro e depois volto para
contar minha opinião sobre ele! Ah, também vou fazer uma postagem pequena sobre
o box.
Até mais pessoal e beijos de jujuba!
Oi
ResponderExcluirSua resenha mostrou seus sentimentos em relação ao livro e isso é bom, mas para uma pessoa como eu que já tenho uma lista grande de livros pela frente para ler, acabo não acrescentando nelas livros assim. Eu achei a capa bem bonita.
Abraços,
Gisela
Ler para Divertir
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Obrigada! É difícil mesmo ter uma lista enorme de livros, eu entendo haha. A capa é linda mesmo, foi o que mais me chamou atenção, na verdade todo o box é.
ExcluirBeijos!